UOL

domingo, 28 de agosto de 2011

Aristóteles

O pensador que mais influenciou o Ocidente.


Frases de Aristóteles: 
“O fim da arte e da educação é substituir a natureza e completar aquilo que ela apenas começou”

“Onde quer que se descuide da educação, o Estado sofre um golpe nocivo”


Aristóteles nasceu em 384 a.C. em Estagira, na Macedônia (então sob influência grega e onde o grego era a língua predominante), filho de um médico. Aos 17 anos foi enviado à Academia de Platão, em Atenas, onde estudou e produziu filosofia durante 20 anos – parte de sua obra no período tem o objetivo de atacar a escola rival, de Isócrates, segundo a qual a finalidade do ensino era levar os alunos a dominar a retórica para serem capazes de defender qualquer ponto de vista, dependendo do interesse. Na Academia, a finalidade da educação era alcançar a sabedoria. Com a morte de Platão, em 347 a.C., Aristóteles mudou-se para Assos, na atual Turquia, possivelmente decepcionado por não ter sido escolhido para substituir o mestre na direção da Academia. Em 343 a.C., foi chamado por Felipe II, da Macedônia, para educar seu filho, Alexandre, e permaneceu na função durante vários anos, até que o pupilo começou a conquistar um vasto império (que incluía a Grécia, anexada por seu pai). De volta a Atenas, Aristóteles fundou a própria escola, o Liceu, desenvolvendo uma obra marcadamente antiplatônica. Depois da morte de Alexandre, Aristóteles passou a ser perseguido por ter colaborado na educação do imperador macedônio. Refugiou-se em Calcis, onde morreu em 322 a.C. 

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Platão



O mais importante de todos os discípulos de Sócrates foi Platão (gr.Πλάτων), que exerceu enorme influência na filosofia, na religião, na educação, na literatura e até mesmo na língua grega. O filósofo Alfred Whitehead (1929) afirmou, com evidente exagero, que a história da Filosofia "não passa de uma sucessão de notas de rodapé da obra de Platão".
Biografia
Platão nasceu em Atenas, por volta de -428, e era membro de uma aristocrática e ilustre família. Descendia dos antigos reis de Atenas, de Sólon e era também sobrinho de Crítias (-460/-403) e Cármides, dois dos "Trinta Tiranos" que governaram Atenas em -404. Lutou naGuerra do Peloponeso entre -409 e -404, e a admiração por Sócrates, que conheceu em algum momento desse período, foi decisiva em sua vida.
Saiu de Atenas em -399, após a execução de Sócrates, e passou os 12 anos seguintes viajando. Por volta de -387 visitou a Magna Grécia, e em Taras (Tarento) conheceu o político e matemático Arquitas(c. -400). Em Siracusa, tornou-se amigo de Díon (-408/-354), jovem parente de Dionísio I, o tirano que governou a cidade de -405 a -367. Em razão de atritos com o tirano, foi expulso e vendido como escravo em Egina, então inimiga dos atenienses.
Resgatado por um amigo, retornou a Atenas e fundou por volta de -385 a Academia[1], protótipo de todos os colégios e universidades atuais. A escola era dotada de alojamentos, refeitório e salas de leitura, onde Platão e seus alunos passavam o tempo estudando e discutindo matemática, astronomia,música e, é claro, filosofia. Sua intenção era formar homens de princípios elevados, preparados para exercer funções políticas de destaque em suas comunidades.
Em -365 e em -361 esteve novamente em Siracusa, a pedido do amigo Díon, numa tentativa inútil de transformar o jovem Dionísio II (-367/-342), filho e sucessor de Dionísio I, no "rei-filósofo" que idealizara. Desiludido com a dificuldade de colocar em prática suas idéias filosóficas, Platão não mais saiu de Atenas. Dedicou-se somente à Academia e aos seus escritos até -347, quando morreu.
Obras sobreviventes
Todos os 43 diálogos e treze cartas atribuídos a Platão pelos antigos, mas não necessariamente escritas por eles, chegaram até nós. Dentre eles, somente 27 diálogos e as cartas VI, VII e VIII são considerados autênticos; muitos eruditos, porém, acreditam que todas as cartas criadas posteriormente, para dar um arcabouço histórico aos diálogos.
Alguns epigramas atribuídos a ele também sobreviveram, mas a crítica moderna não os considera de sua autoria (veja aqui um exeplo).
A forma do "diálogo platônico" (também chamado, às vezes, de "diálogo socrático") é, do ponto de vista literário e filosófico, uma discussão filosófica com estrutura dramática. Esse formato recebeu fortes influências do mimo siciliano mas, com Platão, o diálogo adquiriu o status de gênero literário independente. Devido à pureza e correção da linguagem, a prosa de Platão também é considerada um dos paradigmas do dialeto ático.
Na impossibilidade de datar individualmente cada um dos diálogos, é costume agrupá-los em relação à data das viagens de Platão à Sicília. A análise do estilo e do conteúdo permite, também, ordená-losde forma mais ou menos cronológica (Young):
  • 1º Grupo (-399/-387)
    Apologia de SócratesCármidesCrítonEutidemoEutífronGórgias*, Hípias MaiorÍonLaquesHípias MenorLísisMenexenoMênon e Protágoras;
  • 2º Grupo (-387/-367)
    CrátiloParmênidesFédonFedro O BanqueteA República e Teeteto;
  • 3º Grupo (-360/-347)
    CrítiasLeis FileboO SofistaO Político e Timeu*.
Alguns eruditos colocariam os diálogos marcados com um (*) no 2º Grupo.
Nos diálogos do 1º Grupo, ditos "socráticos" ou da juventude, Platão transmite as idéias e os métodos do Sócrates histórico; nos diálogos do 3º Grupo ou da velhice, apresenta suas próprias idéias, em geral independentes das de Sócrates. Sócrates, no entanto, continua como personagem dos diálogos, por uma questão de fidelidade ao estilo literário. Os diálogos do 2º Grupo, ou da maturidade, são intermediários e apresentam algumas idéias de Sócrates, mescladas aos primeiros pensamentos independentes de Platão.
O pensamento platônico
Além de Sócrates, Platão teve outras influências, como por exemplo os pitagóricos, Heráclito eParmênides. Sua filosofia contém, basicamente, dois elementos: o metafísico e o moral.
A famosa "teoria das formas" — com frequência erradamente traduzida por teoria das idéias — é a mais importante contribuição platônica à filosofia. Segundo Platão, o mundo sensível (o que se apreende pelos sentidos), variado e mutável, é apenas um aspecto do mundo real, constituído por formas puras, fixas e imutáveis que só podem ser conhecidas intelectualmente, através da razão pura.
Platão, como os pitagóricos, acreditava que a alma já existia antes do corpo, continuava a existir após a morte e posteriormente entrava em novo corpo prestes a nascer. Em estado puro, era a alma capaz de contemplar sem obstáculos o Mundo das Formas; ao adentrar um novo corpo, porém, ocorria um choque e produzia-se o esquecimento. Mas, traços dessa contemplação permaneciam no espírito e podiam ser eventualmente reativados. Para conhecer, portanto, era preciso relembrar.
A forma suprema é a do Bem, capaz de tornar compreensíveis todas as demais. O verdadeiro conhecimento é o conhecimento do Bem. O filósofo, de todos o mais apto a adquirir esse conhecimento, é consequentemente o mais apto a governar a pólis ideal.

domingo, 21 de agosto de 2011

Filme Tróia


Ao longo do tempo, os homens travaram guerras. Uns pelo poder, outros pela glória, outros pela honra - e alguns por amor.

Na Grécia antiga, a paixão de um dos casais mais lendários da História, Páris, príncipe de Tróia (ORLANDO BLOOM), e Helena (DIANE KRUGER), rainha de Esparta, desencadeia uma guerra que irá devastar uma civilização. Páris rouba Helena de seu marido, o rei Menelau (BRENDAN GLEESON), e este é um insulto que não pode ser tolerado. A honra da família determina que uma afronta a Menelau seja considerada uma afronta a seu irmão Agamenon (BRIAN COX), o poderoso rei de Micenas, que logo une todas as tribos da Grécia para trazer Helena de volta, em defesa da honra do irmão.

Na verdade, a busca de Agamenon por honra é suplantada por sua ganância - ele precisa controlar Tróia para garantir a supremacia de seu vasto império. A cidade cercada de muralhas, comandada pelo rei Príamo (PETER O'TOOLE) e defendida pelo poderoso príncipe Heitor (ERIC BANA), é uma fortaleza que nenhum exército jamais conseguiu invadir. A chave da derrota ou da vitória sobre Tróia é um único homem: Aquiles (BRAD PITT), tido como o maior guerreiro vivo.

Arrogante, rebelde e aparentemente invencível, Aquiles não tem lealdade a nada nem a ninguém, a não ser à sua própria glória. É sua sede insaciável pelo eterno reconhecimento que o leva a atacar os portões de Tróia sob a bandeira de Agamenon - mas será o amor que acabará por decidir seu destino.

Dois mundos entrarão em guerra por honra e poder.

Filme Alexandre o Grande



1- SINOPSE DO FILME “ALEXANDRE, O GRANDE”
O filme “Alexandre, o Grande” trata-se de um épico histórico, onde nos é apresentado a vida e glória de Alexandre, o Grande. O filme retrata a infância, a adolescência(ao qual foi instruído por Aristóteles) e a assunção deste rei ao trono da Macedônia, após o assassinato do seu pai, o Rei Felipe, o Caolho.
O elenco conta com o ator Colin Farrel no papel principal, com a atriz Angelina Jolie que interpreta a mãe Olympia (com que Alexandre tem uma relação de amor e ódio), e o roteiro foi escrito por Oliver Stone juntamente com Christopher Kyle e Laeta Kalogridis.

2- RESENHA DO FILME “ALEXANDRE, O GRANDE”

       O filme retrata a vida de um grande conquistador que viveu por volta de 490 a.C, o que mais nos choca no filme, sem dúvida, são as cenas que retratam a educação grega pautada na filosofia e fortemente militarizada.
      O sonho que Alexandre tinha de conquistar o mundo também estava respaldado na vontade que este tinha de fazer com que este modelo de educação fosse difundido entre os povos.
     Alexandre fora um nobre educado para ser guerreiro, quando criança, era obrigado a lutar com semelhantes, porém, nestas batalhas, perdedores e vencedores se respeitavam. Talvez, por isso Alexandre sempre devolvia as cidades conquistadas aos reis derrotados, fazendo deles, aliados.
   A obra também nos faz refletir sobre como a educação dada a uma criança pode refletir em sua personalidade, no caso de Alexandre, este presenciou os dois extremos: de um lado a mãe o incentivava a ser um guerreiro forte e vencedor; do outro, um pai que o subestimava.
  A nosso ver, a megalomania de Alexandre está totalmente ligada ao desejo que este tinha de mostrar ao pai (embora este já estivesse morto antes das conquistas territoriais começarem) que podia ser um vencedor, e a mãe, que ele (Alexandre) havia se tornado o filho que ela sempre quis ter. 

As cartas de Getúlio Vargas

Existem duas versões da carta de Getúlio Vargas: uma manuscrita, bastante concisa, e outra mais longa, datilografada, que foi distribuída para a imprensa como a mensagem oficial do político ao povo brasileiro.



A versão datilografada é atribuída ao jornalista José Soares Maciel Filho. De fato, Maciel Filho confirmou à família do presidente que datilografou a versão lida para a imprensa, mas nada disse sobre tê-la modificado.

VERSÃO MANUSCRITA:
“Deixo à sanha dos meus inimigos, o legado da minha morte. Levo o pesar de não ter podido fazer, por este bom e generoso povo brasileiro e principalmente pelos mais necessitados, todo o bem que pretendia. A mentira, a calúnia, as mais torpes invencionices foram geradas pela malignidade de rancorosos e gratuitos inimigos numa publicidade dirigida, sistemática e escandalosa.
Acrescente-se a fraqueza de amigos que não defenderam nas posições que ocupavam à felonia de hipócritas e traidores a quem beneficiei com honras e mercês, à insensibilidade moral de sicários que entreguei à Justiça, contribuindo todos para criar um falso ambiente na opinião pública do país contra a minha pessoa.
Se a simples renúncia ao posto a que fui levado pelo sufrágio do povo me permitisse viver esquecido e tranqüilo no chão da pátria, de bom grado renunciaria.
Mas tal renúncia daria apenas ensejo para, com mais fúria, perseguirem-me e humilharem-me.
Querem destruir-me a qualquer preço. Tornei-me perigoso aos poderosos do dia e às castas privilegiadas.
Velho e cansado, preferi ir prestar contas ao Senhor, não dos crimes que não cometi, mas de poderosos interesses que contrariei, ora porque se opunham aos próprios interesses nacionais, ora porque exploravam, impiedosamente, aos pobres e aos humildes.
Só Deus sabe das minhas amarguras e sofrimentos.
Que o sangue dum inocente sirva para aplacar a ira dos fariseus.
Agradeço aos que de perto ou de longe me trouxeram o conforto de sua amizade.
A resposta do povo virá mais tarde…”

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Cultura Única


                                  Cultura única, será que da pé!



 Você pode dizer que o processo de globalização pode acabar gerando o aparecimento de uma única cultura global?


Acho muito difícil esta concepção se confirmar, pois temos muita diversidade cultural neste globo chamado terra, a cada momento pessoas novas possuem idéias novas, tem aqueles que não conseguem anexar todas as novas ideias advindas da globalização. Também tem o fato do local onde a pessoa mora, não tem como uma pessoa que mora no Alasca, ter uma cultura parecida com a que mora em Salvador por diversos motivos como:
  • Idioma predominante: Mesmo com a internet sendo tão fluente, é praticamente impensável alguém em Salvador que é uma região predominante de pessoas de origens étinicas negras, que pregam pela manutenção de sua cultura africana, deixar de usar o português aprendido pelos seus antepassados escravos (dos quais eles tem muito orgulho), para usar o inglês como língua padrão. Temos dois exemplos também sobre idiomas, um esta na própria Europa, área relativamente pequena e com grande diversidade de idiomas, alguns bem distintos entre si como o Francês e o Alemão, a distância entre Lyon/França e Berlim/Alemanha são de apenas 1.237 km, isto em vista de países extensos como o Brasil que possui apenas um idioma (tem várias pronúncias e sotaques distintos, mas não deixa de ser um idioma) é uma distância relativamente baixa. O outro exemplo se da no tão aclamado Esperanto criado 1887 por Ludwik Lejzer Zamenhof no local onde atualmente é a Polônia, mesmo simples sem muitas regras gramaticais de concordância e outras mais, não deslanchou, até a ONU em duas intervenções a mais atual em 1985, pediu para que os seus membros aumentassem o ensino de esperanto em seus países. Mesmo com isto não decolou pelo menos até agora.

  • Aspecto religioso:  Não tem coisa mais difícil de impor que a religião, por diversos aspectos principalmente os culturais. Vai ser muito complicado fazer com que o globo apóie apenas uma idéia de divindade, cada um tem seu momento e sua fase, vemos isto quando uma pessoa apenas passa por diversas religiões durante sua vida.

  • Clima: á muita diferença no modo de viver de alguém que mora na Serra Gaúcha e outra pessoa que mora em Fortaleza no Ceará. Isto falando em parâmetros brasileiros, imagine alguém que mora no Rio de Janeiro que tem um clima bem quente e outra pessoa que mora na Noruega que tem um clima extremamente o oposto. É visível que aspectos culturais de dois povos tão distintos entrariam em choque se colocados fronte a fronte, provavelmente jamais entrariam em um consenso estando tão distantes um do outro.
Posso concluir que por aspectos culturais, climáticos, históricos, financeiros entre vários outros, ao menos que houvesse uma enorme evolução moral da humanidade se tornará praticamente impossível esta única cultura global.


Referências retiradas da internet


http://pt.wikipedia.org/wiki/Esperanto
http://www.guialog.com.br/km-alemanha.html

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Cultura Erudita X Cultura Popular



Neste mundo em que vivemos vemos varias formas de se expressar a Cultura, formas apreciáveis como a musica clássica, esculturas, afrescos entre varias outras e também vemos formas deploráveis como as guerras santas, mas a idéia que o mais fraco sempre tem que obedecer ao mais forte é o conceito que iremos abordar nesta atividade.
Para diferenciar melhor o termo Cultura Popular utilizarei a palavra Folclore como base para este estudo.
O Folclore tem seus primeiros passos traçados no século XIX mais precisamente em 1846 pelo antiquário inglês William John Thoms em artigo publicado na revista The Athenaeumsituação esta em que ele colocou como titulo do artigo a palavra Folk-lore que ainda era inexistente em qualquer dicionário da época, ele usou deste termo para se expressar tecnicamente de lendas, tradições e literatura popular sendo esta considerada a “sabedoria do povo” ou a “ciência do povo”. O termo veio das palavras folk (nação, família) e lore (saber, conhecimento, instrução) a palavra pré-criada posteriormente se tornou “aportuguesada” como folclore. Em definição muito bem escrita por ROCHA, Claudia Maria AssisEla descreve o folclore dizendo que:
Folclore não é apenas folguedos e festas. É a história construída pelos anseios, aspirações e esperanças de um povo, é uma linguagem na qual se manifesta a unidade que mobiliza multidões, que busca a sua verdade na identificação da cidadania, preservando seus valores e mantendo vivas suas raízes através das gerações.”
Hoje o folclore já pode ser considerado como uma ciência, uma forma de contestar as idéias essenciais de sociedade impostas pela cultura erudita definida por SANTOS, José Luiz dos. em O que É Cultura. São Paulo: Brasiliense, 1983. (Primeiros Passos: 110) como:
 “cultura dominante que desenvolveu universo próprio de legitimidade, expresso pela filosofia, pela ciência pelo saber produzido e controlado em instituições da sociedade nacional, tais como universidade, as academias, as ordens profissionais.” (p.55)
Com as análises postadas, podemos considerar que cultura popular ou folclore faz menção à camada social mais pobre, de menores oportunidades, teoricamente menos instruídas, como o próprio contexto de folclore já menciona, ele é a ciência que estuda as idéias vindas do povo (vindo que neste raciocínio a palavra “Povo” é usada para expressar a camada mais humilde da sociedade) oriundas de vários contos populares que passaram de geração em geração e que percorreram os anos, existem também aquelas festas populares que usam de passagens históricas ou movimentos religiosos para a população demonstrar a sua oposição com os ideais eruditos de pensamento.
Citarei duas destas festas que em minha opinião são de grande punho popular:
Dança Folclórica do Bumba-meu-boi: com surgimento no século XVIII a dança veio para tentar demonstrar realidade social de negros e índios, mostrando a fragilidade do homem (negros e índios) perante o grande e forte boi (o homem de origem européia). O movimento demonstra a insatisfação na época em que ainda se via (na verdade ainda se vive hoje) um pensamento de Superioridade dos colonos sobre os conquistadores europeus, movimento formado pela faixa popular de toda uma região.
Semana Farroupilha (Rio Grande do Sul): Movimento de grande expressão Gaúcha que ocorre anualmente no mês de setembro tendo seu início no dia 20, é quando se comemora a invasão de Porto alegre e posteriormente a criação da República Rio-Grandense originada dos confrontos entre a coroa do Brasil e dissidentes Gaúchos no qual estes (neste contexto vamos considerá-los como a camada popular e a coroa brasileira como a camada erudita da sociedade) se viram desprivilegiados pelos altos impostos cobrados pela coroa brasileira perante os produtos tradicionais gaúchos como charque, couro e erva-mate. Este movimento iniciado pela elite gaucha logo após foi se popularizando e se tornando um movimento popular no quais indígenas, negros, brancos, escravos ou não se juntaram para lutar contra as injustiças praticadas que de uma forma geral prejudicou toda uma sociedade. Até hoje é celebrada esta Semana Farroupilha sendo de muito orgulho para cada cidadão gaúcho.
Vemos que a concepção de Jośe Luiz do Santos (estudada na unidade 4 de nossa apostila) está correta. A cultura popular forma uma revolução nos conceitos de uma cultura denominada erudita, ou seja, aquela que se formou pela camada de elite de uma sociedade. Podemos afirmar isto apenas verificando de uma forma mais aprofundada a nossa sociedade, percebemos ao fazer esta análise que a cultura erudita esta hoje muito lentamente se anexando a cultura popular, pois o folclore de uma população passou a fazer parte de estudos em faculdades, isto é uma evolução, pois vemos algumas situações se invertendo, se outrora víamos a cultura erudita impondo seus costumes sem pedir qualquer autorização às camadas populares. Hoje esta idéia se inverteu, pois vemos as camadas eruditas cada vez mais anexando costumes populares em seu conceito de estudo algo praticamente inconcebível antigamente, será cada vez mais difícil conseguirmos definir o que é erudito sobre o que é popular, pois os costumes populares vão se refinado a ponto de se confundirem com os costumes eruditos e cada vez mais termos como folclore (cultura popular) fica remetido ao passado, esta hoje é a concepção popular do folclore.
O mundo evolui, as pessoas evoluem, a sociedade evolui, e como conseqüência temos a evolução da cultura.


E-REFERENCES
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Apostila curso Antropologia. Material didático mediacional do curso Historia de Centro Universitário Claretiano, Ano 1.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011


Arquivos Públicos

Os arquivos públicos são de vital importância para o estudo e para a construção da identidade de uma nação?

Certamente, pois os arquivos públicos ao serem guardados corretamente nos auxiliam em diversos aspectos como:
• Árvores Genealógicas;
• Nos testamentos para verificar a exatidão dos dados constatados temos que nos servir de arquivos que foram previamente guardados em cartórios;
• Atas legislativas (processos que ocorreram até a 200 anos ou mais estão la guardados);
• Atas criminalísticas;
• Arquivos Audiovisuais como filmes, fotos, Músicas;
• Documentos Cartográficos como mapas e a plantas de casas
• Atualmente possuímos os arquivos digitais que são um aglomerado de todos estes outros tipos de arquivos sendo possível formá-los pelas facilidades que a informática nos da atualmente
Vimos aqui a aspectos que denotam a importância dos arquivos para a nossa sociedade.
Podemos falar também da importância dos arquivos para a construção da identidade de uma nação, pois é com eles que formamos os conceitos básicos para poder identificar aspectos importantes da sociedade de uma determinada região, podemos citar como exemplo um historiador que esteja determinado a compreender o porquê dos gaúchos terem lutado por sua independência. Se ele não tiver um arquivo histórico ficaria difícil ele conseguir analisar os documentos necessários para formar conceito e posteriormente um artigo satisfatório falando sobre esta luta que foi chamada de a "Guerra dos Farrapos".
Então pelos conteúdos apresentados acima podemos concluir que SIM, os arquivos públicos são de vital importância para o estudo e para a construção da identidade de uma nação.

E como de costume esta aqui um link que me ajudou a compreender melhor sobre patrimônios e arquivos públicos.
http://revista.ibict.br/index.php/ciinf/article/download/439/397

Abraços a todos os colegas.

Danilo Linhares

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Eu descobri a Antropologia ou ela que me descobriu?



   A antropologia teve início com a vontade de expandir os domínios europeus, o continente ansiava de certa forma civilizar os locais onde não se tinha padrões de cultura e desenvolvimento iguais aos europeus, para que pudesse haver um domínio cultural e mercantil, pois se as pessoas tivessem uma cultura parecida com a europeia teriam também uma necessidade parecida de produtos industrializados a comprar, isto seria extremamente benéfico à economia local. Nesta fase a antropologia ainda engatinhava em relação quanto a ser uma ciência, apenas alguns pensadores favoráveis a ela desbravam o mundo em busca de estudar costumes e sociedades que existiam nas diversas faces do globo.


    Vemos nestes períodos algumas citações científicas feita para verificar como eram os costumes de sociedades distintas as consideradas superiores que viviam na Europa. Abordaremos neste instante a algumas destas “visitas” feitas no Brasil.


    Podemos iniciar com a carta feita por Pero Vaz de Caminha enviada a coroa Portuguesa para demonstrar a descoberta da terra nova encontrada, percebesse a meu ver que ela demonstrou sim, como eram as novas terras descobertas, mas vemos que esta carta tinha interesses em mostrar ao resto do continente Europeu uma visão pacifica e linda das novas terras encontradas, “paraíso” como eles diziam. Nesta carta já vemos aquele interesse em descrever de que forma esta descoberta seria rentável a coroa.

    Logo após no século XVI temos os relatos de Hans Staden em seu livro -Duas viagens ao Brasil- quando conta sobre as suas duas visitas ao país, a primeira veio como artilheiro português situação essa que foi propicia ao encontro dele com os índios, a segunda quando foi literalmente raptado por índios e após alguns anos foi trocado por mercadorias com os franceses, nesta segunda visita ele faz uma citação detalhada da cultura das sociedades indígenas que esteve inserido.

    Nestas duas vemos a antropologia tomando suas formas pouco a pouco, logo após, no século XIX temos algumas melhorias nas formas de estudo das sociedades com Thomaz Lindley e Thomaz Ewbank que fizeram visitas a Bahia e Rio de Janeiro respectivamente, demonstrando de forma satisfatória como eram ao olhar etnocêntrico deles a sociedade brasileira.

    Essa fase de viajantes foi de grande importância para a antropologia, pois deu inicio a forma de ela ser, estudando o ser humano de uma determinada sociedade e assim uma forma de entendê-lo, rapidamente estes relatos foram observados e tidos como uma peça chave para a dominação de povos não europeus, pois conhecendo seus costumes conheceriam suas fragilidades e necessidades.

    Vemos aqui o etnocentrismo sendo apontado pelo fato de eles (os viajantes) mostrarem a expressão de um contexto humano este sempre sendo analisado pela visão a qual o relator demonstra a superioridade de sua cultura, vamos definir a palavra etnocentrismo segundo o dicionário Michaelis UOL como: a disposição habitual de julgar povos ou grupos estrangeiros pelos padrões e práticas de sua própria cultura ou grupo étnico

    Podemos afirmar então que a antropologia deve suas primeiras engatinhadas às expedições feitas por estrangeiros a países subdesenvolvidos, estas tendo sempre algum motivo egoísta, seja ele, financeiro ou para demonstrar superioridade.

Intera-se também que tais estudos (que na época ainda não eram considerados antropólogos) contribuíram infinitamente para entendermos as sociedades da época. Pois podemos verificar quando e onde começaram a nascer as faces distintas do globo que posteriormente se chamariam de mundo “DESENVOLVIDO” e mundo “SUBDESENVOLVIDO”