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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Governo Jânio Quadros

i Assumiu a presidência da República em 31 de janeiro de 1961, herdando de Juscelino Kubitschek um país em acelerado processo de concentração de renda e inflação. Muito embora a vice-presidência houvesse ficado para o PTB, com João Goulart, finalmente a UDN conseguia chegar ao poder. Isso foi conseguido graças ao estilo ímpar de Jânio, que constituía o chamado populismo caricato: atacava as elites com denúncias de corrução e acenava em defesa das camadas oprimidas. Sua ligação com a UDN, entretanto, tornava seu discurso contraditório, já que ela (a UDN) era a representante das elites a que ele atacava.
Uma vez empossado, Jânio tomou medidas um tanto controvertidas. A proibição do uso de biquínis nas praias é o maior exemplo desses atos governamentais. No plano externo, exerceu uma política não alinhada. Apoiou Fidel Castro diante da tentativa fracassada de invasão da Baía dos Porcos pelos norte-americanos. Em 18 de agosto de 1961, condecorou o ministro da indústria de Cuba, Ernesto "Che" Guevara, com a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, a mais alta comenda brasileira. Além disso, Jânio rompeu com o partido que o elegeu, a UDN, provocando enorme insatisfação.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Cômodos : O imperador sanguinário



Marco Aurélio Cômodo Antonino, em latim Marcus Aurelius Commodus Antoninus, mais conhecido como CómodoPE ou CômodoPB, (31 de Agosto, 161 - 31 de Dezembro, 192) foi um Imperador Romano que governou de 180 a 192. Era filho de Marco Aurélio e de Faustina a Jovem e foi o primeiro imperador, numa série de cinco, a ascender ao poder por laços de sangue e não por adopção. É frequentemente citado como tendo sido um dos piores imperadores romanos, tendo o seu reinado marcado o final da chamada era dos Cinco bons imperadores. Em 176, seu pai o nomeou co-imperador, e até a morte de Marco Aurélio os dois governaram juntos, durante a guerra contra os Marcomanos. Cómodo celebrizou-se pelo gosto dos espetáculos violentos. E esse seu gosto pela violência começou muito cedo: aos 12 anos de idade, após reclamar de um banho muito quente, exigiu que o criado responsável fosse queimado vivo. Os demais serventes lançaram o corpo de um animal ao fogo, dizendo tratar-se do responsável pelo banho. Cómodo, então, ficou de frente para o fogo, apreciando o cheiro da carne queimada. Cómodo era vaidoso, libertino e voltado à loucura que lhe surgiu precoce. Condenou primeiro ao exílio e depois à morte a sua companheira Crispina, a sua irmã Lucila e posteriormente o prefeito do Pretório Perénio e toda a sua família. Multiplicou os atentados àqueles que detinham um papel singular na vida civil e no Governo, casos do Senado e das elites, exceção feita aos cristãos, demonstrando de igual modo um profundo aborrecimento e desconsideração pelo cargo que ocupava. Chegou a nomear, em 189, 25 cônsules, sendo frequentes os julgamentos nos tribunais serem resolvidos com dinheiro, vendendo igualmente cargos públicos, no Governo e na magistratura.







Durante o seu período como imperador teve, contudo, o bom senso de escolher para as províncias e para o exército indivíduos com capacidades de administração, bem como o cuidado em atender a solicitações dos mais oprimidos, como o caso dos colonos africanos. A sua personalidade era singular. Tinha uma predileção pela vida de gladiador, e devido à sua devoção ao culto de Hércules, um dos mitológicos filhos de Júpiter, autodenominou-se Hércules Romanus, impondo que o adorassem como a reencarnação de Hércules. Grande admirador das lutas entre gladiadores, Cómodo organizou, em 192, uma série de combates, com duração de duas semanas, chegando a participar pessoalmente deles, usando roupas e armas semelhantes às do herói mitológico Hércules. Apareceu inclusive no Senado vestindo essas roupas. Em 31 de dezembro de 192, após diversos atentados, uma conspiração organizada por um grupo de senadores finalmente conseguiu o seu objetivo. A pedido da sua favorita Márcia, um campeão de lutas chamado Narciso o estrangulou durante o banho. Cómodo foi então enterrado no mausoléu de Adriano. Sua morte violenta marcou o início de um período de grande instabilidade política em Roma. Quando Septímio Severo se tornou imperador, Cómodo foi divinizado.

Fonte: http://pt.shvoong.com/humanities/history/1689826-imperador-c%C3%B3modo/#ixzz1dfjSO0v7

Fonte: http://pt.shvoong.com/humanities/history/1689826-imperador-c%C3%B3modo/#ixzz1dfjJBb16

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Cândido Portinari

Quem foi 
Cândido Portinari foi um dos pintores brasileiros mais famosos. Este grande artista nasceu na cidade de Brodowski (interior do estado de São Paulo), em 29 de dezembro de 1903. Destacou-se também nas áreas de poesia e política.
Durante sua trajetória, ele estudou na Escola de Belas-Artes do Rio de Janeiro; visitou muitos países, entre eles, a Espanha, a França e a Itália, onde finalizou seus estudos.
No ano de 1935 ele recebeu uma premiação em Nova Iorque por sua obra "Café". Deste momento em diante, sua obra passou a ser mundialmente conhecida.
Dentre suas obras, destacam-se: "A Primeira Missa no Brasil", "São Francisco de Assis" e Tiradentes". Seus retratos mais famosos são: seu auto-retrato, o retrato de sua mãe e o do famoso escritor brasileiro Mário de Andrade.
No dia seis de fevereiro de 1962, o Brasil perdeu um de seus maiores artistas plásticos e aquele que, com sua obra de arte, muito contribuiu para que o Brasil fosse reconhecido entre outros países. A morte de Cândido Portinari teve como causa aparente uma intoxicação causada por elementos químicos presentes em certas tintas.
Características principais de suas obras:
- Retratou questões sociais do Brasil;
- Utilizou alguns elementos artísticos da arte moderna europeia;
- Suas obras de arte refletem influências do surrealismo, cubismo e da arte dos muralistas mexicanos;
- Arte figurativa, valorizando as tradições da pintura.
Relação das principais obras de Portinari:
- Meio ambiente
- Colhedores de café
- Mestiço
- Favelas
- O Lavrador de Café
- O sapateiro de Brodósqui
- Meninos e piões
- Lavadeiras
- Grupos de meninas brincando
- Menino com carneiro
- Cena rural
- A primeira missa no Brasil
- São Francisco de Assis
- Os Retirantes

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Julio Cesar e seu assasinato


44 a.C.: Assassinato do imperador romano Júlio César

 

No dia 15 de março de 44 a.C., o chefe militar e ditador romano Júlio César foi assassinado por 60 membros do Senado, para os quais ele governava de forma muito autocrática e autoritária. O atentado marcou o

 
Veni vidi vici – vim, vi e venci – é uma de suas frases célebres e, de fato, ele venceu em todas as frentes de batalha. Ao ser destituído do cargo de governador das Gálias, o Senado Romano esperava que Júlio César depusesse as armas e voltasse como homem comum para Roma.
Mas César sabia que, se isso acontecesse, seria levado ao tribunal. Por isso, decidiu invadir a província da Itália e, ao atravessar o Rubicão (riacho que delimitava a fronteira da parte central do território romano), teria pronunciado a famosa frase Alea jacta est ("A sorte está lançada"). Após alguns anos de guerra civil, ele era o imperador absoluto de Roma.
Contra a República
Caio Júlio César (100 a.C.-44 a.C.), um dos maiores chefes militares de toda a História, nasceu em família aristocrática e alavancou suas ambições políticas com brilhantes campanhas militares contra os povos que habitavam as Gálias (atuais França e Bélgica). Participou do primeiro triunvirato em 60 a.C., ao lado de Pompeu e Crasso. Com a morte de Crasso, passou a disputar o poder com Pompeu, que era apoiado pelo Senado.
César viveu no auge do período das conquistas romanas. De 200 a.C. até o ano 476, Roma atravessou seis séculos de contínua expansão territorial, formando um império ainda mais vasto do que o de Alexandre, o Grande (356 a.C.-323 a.C.). Após haver conquistado Roma e a península itálica, Júlio César invadiu o Egito, intervindo na disputa dinástica a favor de Cleópatra. Em 47 a.C., chegou à Ásia, onde obteve rápida vitória sobre o rei da província bizantina de Ponto.
De volta a Roma, tornou-se cônsul vitalício e, em fevereiro de 44 a.C., assumiu o título de "ditador perpétuo". Por medo ou bajulação, o Senado passou a cobri-lo de honrarias. Com excesso de poder acumulado em suas mãos, acabou criando inimizades, e desprezava toda e qualquer crítica ou advertência. A República não lhe interessava, por estar convencido de que, com instituições democráticas, era impossível governar um império mundial. Sob seu reinado, a República foi sistematicamente transformada num sistema ditatorial.
"Até tu, Brutus"
Júlio César governava sentado em trono de ouro. Os senadores eram obrigados a aprovar projetos de lei que não haviam lido. Ele aumentou em mais de 300 o número de membros do Senado, nomeando amigos para os novos postos. Em termos militares, tinha ainda grandes planos. Queria conquistar o reino dos Partos (região entre o mar de Aral e o mar Cáspio), para formar uma nova monarquia mundial.
Porém, poucos dias antes de iniciar a nova campanha militar, sucumbiu a um ataque de conspiradores. No dia 15 de março de 44 a.C., foi assassinado com 23 facadas, nas escadarias do Senado, por um grupo de 60 senadores, liderados por Marcus Julius Brutus, seu filho adotivo, e Caio Cássio. Júlio César ainda se defendeu, cobrindo-se com uma toga, até ver Brutus, quando então teria dito sua última famosa frase: "Até tu, Brutus".
Trata-se do mais conhecido atentado político da Antigüidade, descrito por Caio Suetônio Tranquilo (70 d.C.-140 d.C.), na biografia De vita Caesarum (Da vida dos Césares). César era o título dos imperadores romanos de Augusto (63 a.C.-14 d.C.) a Adriano (76 d.C.-138 d.C.).
Caio Júlio César foi morto por haver desprezado a opinião dos seus adversários. Supõe-se que seus assassinos não tinham apenas motivos políticos, como também agiram por inveja e orgulho ferido. Matar um tirano, na época, não era considerado crime. Não há, porém, consenso entre os historiadores de que Júlio César tenha sido um tirano. Muitos de seus planos não foram concretizados, mas ele deu uma orientação completamente nova ao desenvolvimento do Império Romano.
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,781828,00.html

ENEIDA: Um grande poema de Virgílio


Viajantes míticos


Enéias carrega seu pai Anquises na fuga de Tróia

A Eneida

"Ele muito sofreu em terra e no mar...também guerreou e muito padeceu para fundar Lavínio e transportar ao Lácio os seus Penates. Essa foi a origem da raça latina e dos albanos, nossos ancestrais, e das muralhas da excelsa Roma" - Virgílio - A Eneida, livro I

Tendo atrás de si a visão da destruição de Tróia, onde longo rolos de fumaça erguiam-se aos céus, misturados aos gritos dos infelizes que eram trespassados pelo bronze das armas gregas, o nobre Enéias escapara com vida da infeliz cidade por uma das suas seis portas carregando nas costas o seu velho pai Anquises, tendo seu filho, um menino ainda, preso pela mão. Seu coração dilacerara-se. Perdera a pátria, o lar e a mulher, a bela Cleusa. Atrás deles abalavam-se outros troianos sobreviventes. Enéias marchou com eles bem para o sul da Frigia, para o Monte Ida, que se ergue enfrente ao Golfo Adramitium, onde tratou de construir uma pequena flotilha para por-se a salvo do furor dos vencedores. Depois de dez anos de cerco, a grande Tróia afinal havia sucumbido. Um cavalo de madeira, deixado em frente ao seu portão principal pelo ardiloso Ulisses, foi introduzido na cidade, carregado com um troféu de guerra. A noite, da sua barriga saíram os gregos e, em pouco tempo, tudo estava perdido.

Troianos arrastam o cavalo de madeira para a sua cidade

O início da aventura de Enéias: terminada a tarefa, aprontadas as naus, Enéias ordenou o embarque com destino à Trácia em busca de uma nova pátria. Longe porém de encontrar o tão ambicionado sitio de paz, ali era o começo da grande aventura, cheia de imprevistos e assombros, que iria conduzir o herói troiano a lançar as sementes do domínio romano sobre o mundo conhecido. A Trácia foi uma frustração. Enéias decidiu-se então consultar o oráculo de Delfos, onde o próprio Febo Apolo profetizou-lhe um futuro prodigioso, desde que "procurassem a mãe. Ali a casa de Enéías reinará sobre toda a região, e reinarão os filhos de seus filhos e os que deles nascerem." Em seguida porém, a tripulação da pequena esquadra deparou-se com uma turba das terríveis harpias ("aves com rosto de mulher, um ventre que solta um fluxo asqueroso, mãos em forma de garras, faces sempre pálidas de fome"), que lá do céu, grasnando, lhes roubou o alimento. Celeno, uma delas, lançou-lhes um mau agouro, predizendo-lhes "fome terrível" que os faria "roer e devorar as vossas mesas". E de fato assim bem mais tarde se deu. Ao rumarem para Itália, a terra prometida anunciada nas profecias, os sofridos troianos, peregrinos do mar, atraíram os furores dos ventos.


Oráculo de Delfos, que predisse o futuro grandioso de Enéias

Juno e Netuno: pegos em alto mar em meio a um redemoinho de tufões, seis navios dos doze que os troianos tinham logo afundaram, levando consigo as tripulações inteiras. Era uma maldade da deusa Juno, a esposa-irmã de Zeus quem deles tinha ódio. Ela mancomunara-se com o Eólio, o rei dos ventos, para impedir que os troianos arribassem nas costas da Itália. Açoitados de todos os lados, nauseados pela violência da tempestade, os troianos não sabiam mais a quem apelar. Foi então que Netuno, o deus do mar, decidiu-se por um basta naquilo. Enfurecido com a intromissão de Eólio nas suas águas, ordenou aos ventos que dessem a volta e se deixassem novamente se aprisionar nas cavernas do seu rei.

Júpiter intervém por Enéias: entrementes, no Olimpo, o todo-poderoso Júpiter, atendendo aos reclamos da sua filha Vênus, além de tornar a assegurar a ela que Enéias realmente seria o fundador de uma nova estirpe de grandes guerreiros, como ele certa vez o designara, ordenou a um mensageiro que fosse até a cidade de Cartago, na Líbia, lugar não muito distante de onde os troianos haviam naufragado, com a missão de fazer com que a bela rainha Dido, a viúva de Siqueu, em breve os acolhesse. E assim se deu.


A rainha Dido hospeda Enéias e se apaixona por ele

Dido e Enéias: atendendo as determinações olímpicas, Dido revelou-se uma magnífica hospedeira. Acumulando Enéias de regalos, de vinhos finos e raros acepipes, fez com que ele lhe narrasse como afinal ele viera parar ali, na costa africana, tão longe de Tróia: "Vamos, meu hóspede", disse ela, "conta-nos desde o início as insídias dos gregos e as desventuras do teu povo e as tuas peripécias, pois já há sete anos vagueias por todas as terras e todos os mares".

O herói não faz de rogado, relatando à bela rainha as peripécias nefastas por que ele e sua gente passara. Sua crônica recuou até os tempos da Guerra de Tróia, onde ele lastimou a imprudência dos troianos em terem recolhido para dentro das suas muralhas o cavalo maldito. Durante esses encontros Dido deixou-se fascinar pelo belo Enéias, atingida que fora pelo dardo de Cupido, filho de Vênus. Mas o herói tem uma tarefa a cumprir, governar no futuro a Itália "grávida de impérios e a bradar por guerras", e assegurar ao seu filho Ascânio um reino a herdar, não pode pois corresponder ao amor que a rainha lhe devotou.

O desembarque na Itália: refeito dos estragos do naufrágio, Enéias retoma a rota em direção à Itália, saindo ao amanhecer do porto de Cartago, para dar continuidade ao seu destino grandioso. Dido desespera-se. Não podendo mais viver sem o troiano, num gesto impensado mata-se com a espada que Enéias lhe deixara, não sem antes predizer, ressentida, que as cidades de Cartago e a futura Roma que está para nascer, se tornarão inimigas mortais pois "nenhuma amizade ou aliança" será possível entre elas. Enéias enquanto isso lança os ferros no litoral italiano. Em Cume na Campânia ele é instado, depois de consultar Sibila, a descer ao Reino dos Mortos, onde, entre outros heróis da sua terra, reencontra o seu pai Anquises. Este lhe revela o magnífico porvir, mostrando ao filho uma plêiade de varões ilustres que irão surgir no futuro e que imortalizarão o nome de Roma.


Enéias na guerra pela conquista do Lácio

A vitória final de Enéias: ao subir no monte Tibre, Enéias reconhece aquele paisagem como a Terra Prometida. De imediato alia-se ao rei Latino, mas novamente a deusa Juno não lhe dá sossego. Missiona para imiscuir-se entre eles, semeando discórdia, o demônio Aleto. O pacto matrimonial entre Enéias e a princesa latina Lavinia é desfeito e várias tribos latinas pegam em armas para expulsar os troianos. Seguem-se batalhas terríveis até que Enéias, num combate singular, destroça à espadaços o príncipe latino Rutulian Turnus, o principal entrave a que a profecia se realize. Enéias então vitorioso, assegura à sua descendência o domínio da região do Lácio, civilizando e dando leis e instituições estáveis aos povos selvagens da vizinhança. área onde algumas gerações adiante nascerão os gêmeos Remo e Rômulo, este o mítico fundador de Roma.
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/cultura/viajantes4.htm

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Conspiração dos Suassunas


 

(1801)

A chamada Conspiração dos Suassunas foi um projeto de revolta que se registrou em Olinda, na então Capitania de Pernambuco, no alvorecer do século XIX.
Influenciada pelas idéias do Iluminismo e pela Revolução Francesa (1789), algumas pessoas reuniram-se e fundaram o Areópago de Itambé (1798). As mesmas idéias e eventos eram também discutidas pelos padres e pelos alunos no Seminário de Olinda, fundado em 1800.
O primeiro, fundado por Manuel de Arruda Câmara, membro da Sociedade Literária do Rio de Janeiro, era uma espécie de sociedade secreta onde se reuniam maçons e leigos, do qual não participavam europeus.
O Seminário de Olinda, fundado pelo Bispo D. José da Cunha de Azeredo Coutinho, em 16 de Fevereiro de 1800, teve entre seus membros, o padre Miguel Joaquim de Almeida Castro (padre Miguelinho), um dos implicados na revolução de 1817.
As discussões filosóficas e políticas no Areópago, evoluíram para uma conjuração contra o domínio português no Brasil, com o projeto de emancipação de Pernambuco, constituindo-se uma República sob a proteção de Napoleão Bonaparte. Integravam o grupo de conspiradores os irmãos Cavalcanti - Francisco de Paula, Luís Francisco de Paula e José Francisco de Paula Cavalcanti e Albuquerque -, o primeiro proprietário do Engenho Suassuna, que daria nome ao movimento.
A 21 de Maio de 1801, um delator informou às autoridades da Capitania os planos dos conjurados, o que conduziu à detenção de diversos implicados. Instaurado o processo de devassa, entretanto, vieram a ser absolvidos mais tarde, por falta de provas. A Aerópago foi fechado em 1802, reabrindo pouco mais tarde sob o nome de Academia dos Suassunas, com sede no mesmo engenho, palco das reuniões dos antigos conspiradores.
O episódio é pouco conhecido na historiografia em História do Brasil, uma vez que a devassa correu em sigilo à época, devido à elevada posição social dos implicados.
O movimento inscreve-se no contexto de Crise do Antigo Sistema Colonial. Apesar da repressão aos envolvidos, os seus ideais voltaram a reaparecer, anos mais tarde, na Revolução Pernambucana de 1817.
Fonte: pt.wikipedia.org

Afonso Pena


Afonso Pena foi o primeiro mineiro a ser Presidente da República como resultado do acordo da política do café com leite que determinava o rodízio entre mineiros e paulistas na presidência. O governo de Afonso Pena foi relativamente estável na economia em função do legado deixado por seu antecessor, se empenhou na integração e colonização do território brasileiro.
Afonso Augusto Moreira Pena era filho de imigrante português que veio ao Brasil em busca de ouro. Nasceu no dia 30 de novembro de 1847 na cidade de Santa Bárbara em Minas Gerais. Por conta dos estudos foi para São Paulo, onde se formou pela Faculdade de Direito de São Paulo em 1870, sendo colega de turma de indivíduos renomados na história do Brasil como Rodrigues Alves, Ruy Barbosa e Castro Alves. Exerceu a profissão de advogado por alguns anos, mas logo deu início a sua carreira política.
Afonso Pena
Em 1874 tornou-se deputado pelo estado de Minas Gerais. Membro do Partido Liberal, conseguiu ser eleito quatro vezes como deputado geral entre os anos de 1878 a 1889. Durante o governo liberal, que teve início em 1878, assumiu os cargos de ministro da Guerra, da Agricultura e da Justiça.

Giuseppe Garibaldi

1807-1882
Giuseppe Garibaldi
Giuseppe Garibaldi
A principal figura militar e o herói mais popular na época da unificação da Itália que ficou conhecida como RISORGIMENTO. Com Cavour e Mazzini ele é considerado um dos criadores da Itália Moderna.
O patriota e soldado italiano Garibaldi, filho de Domenico Garibaldi, um pescador, e de Rosa Raimondi, nasceu em Nice em 4 de julho de 1807, sendo a cidade controlada pela França, não havia a Itália mas apenas um grupo de pequenos estados atrasados, há muito tempo sob o domínio estrangeiro. Camillo Cavour é tido como o "cérebro da unificação", o que organizou o novo estado, Mazzini "a alma", pois foi ele quem inspirou o povo a exigir a libertação e Garibaldi " a espada".
Giuseppe Garibaldi
Giuseppe Garibaldi
Por suas batalhas pela liberdade na América do Sul, Itália, e mais tarde França, ele é o " Herói de Dois Mundos". Em busca de uma vida de aventuras, quando garoto foi para o mar. Marinheiro do Mediterrâneo, da marinha do reino de Piedmonte-Sardinia, foi capitão mercador em 1832. Durante a jornada para Raganrog, no Mar Negro, ele foi iniciado no movimento nacional italiano por um amigo liguriano, Giovanni Battista Cuneo. Em 1833 aventurou-se para Marselha onde encontrou Mazzini e entrou na sua Giovane Italia, ou Jovem Itália. Mazzini teve um impacto profundo em Garibaldi, que sempre reconheceria esse patriota como " o mestre". Em fevereiro de 1834 ele participou em uma abortada inssureição Mazziniana em Piedmont para tomar a fragata na qual navegava a fim de ajudar na libertação de Genova. A conspiração foi descoberta, ele foi sentenciado à morte in absentia por uma corte genovesa, e fugiu para Marselha.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Balaida


No início do século XIX, a população maranhense era composta de escravos e de sertanejos miseráveis, enquanto o poder estava nas mãos de proprietários rurais e comerciantes.

Tudo isso fez com que a revolta e a insatisfação popular se agravasse, principalmente depois que políticos conservadores tentaram aumentar os poderes dos prefeitos.
A revolta popular transformou-se em um movimento que foi capaz de mobilizar a classe marginalizada da sociedade. O início da revolta foi no dia 13 de dezembro de 1838, quando um grupo de vaqueiros liderados por Raimundo Gomesinvadiu a cadeia local para libertar alguns companheiros que tinham sido presos.
Com o sucesso da invasão e ajudados pela Guarda Nacional os vaqueiros tomaram conta do lugarejo.
A Balaiada representou a luta popular contra as desigualdades e injustiças da sociedade da época (sociedade escravista).
Toda essa insatisfação e revolta uniram cada vez mais a classe marginalizada da sociedade.
A balaiada teve sua origem no confronto entre duas facções: cabanos (conservadores) e bem-te-vis (liberais). Os membros destes dois partidos pertenciam à classe alta do Maranhão.
Até 1837, o Maranhão foi governado pelos liberais (bem-te-vis); porém, com a ascensão de Araújo Lima como regente e a vitória dos conservadores no governo central do Rio de Janeiro, os conservadores (cabanos) do Maranhão conquistaram o poder e afastaram os bem-te-vis do governo.
Enquanto esses dois grupos brigavam entre si, Raimundo Gomes levava a revolta para o Piauí e em 1839 contava com a participação de Manuel Francisco dos Anjos Ferreira (fazedor de balaios – cestos de palha). Daí o nome do movimento.
Toda a agitação que a revolta causou, beneficiou os bem-te-vis, pois isso refletia de forma negativa na administração dos cabanos.
A rebelião continuava até que em julho de 1839 os balaios tomaram a vila de Caxias (segunda cidade da Província do Maranhão).
Com a gravidade da situação, bem-te-vis e cabanos começaram a se unir para dar início à repressão contra os balaios. Começaram, então, a subornar os rebeldes, com a finalidade de desmoralizar o movimento. A tática deu certo e em 1839 o governo central nomeou o coronel Luís Alves de Lima e Silva (futuro Duque de Caxias) presidente da província e comandante de todas as forças repressivas do Maranhão.
Como 1ª medida, o novo presidente pagou os atrasos aos militares, reorganizou as tropas e começou a atacar e a cercar os redutos balaios, que estavam enfraquecidos, devido às deserções e a perda do apoio passivo dos bem-te-vis.
A anistia decretada em agosto de 1840, provocou a rendição imediata de cerca de 2500 balaios. Quem resistiu foi, logo em seguida, derrotado. Estava terminada a Balaiada.
Em maio de 1841, Luís Alves de Lima e Silva fez uma avaliação positiva da sua atuação e com essa atitude dava por encerrada a sua missão.

Cabanagem

A questão da autonomia política foi, desde a independência, a grande força motriz motivadora de diversos conflitos e revoltas no Brasil. Na província do Pará, a péssima condição de vida das camadas mais baixas da população e a insatisfação das elites locais representavam a crise de legitimidade sofrida pelos representantes locais do poder imperial. Além disso, a relação conflituosa entre os paraenses e os comerciantes portugueses acentuava outro aspecto da tensão sócio-econômica da região. 

A abdicação de Dom Pedro I e ascensão do governo regencial estabeleceram a deflagração de um movimento iniciado em 1832. Naquele ano, um grupo armado impediu a posse do governador nomeado pela regência e exigia a expulsão dos comerciantes portugueses da província. No ano seguinte, Bernardo Lobo de Sousa, novo governador nomeado, administrou o Pará de maneira opressiva e autoritária. Desta maneira, abriam-se tensões e a possibilidade de uma nova revolta provincial. 

Em 1835, um motim organizado pelo fazendeiro Félix Clemente Malcher e Francisco Vinagre prendeu e executou o governador Bernardo Lobo de Sousa. Os rebelados, também chamados de cabanos, instalaram um novo governo controlado por Malcher. Francisco Vinagre, líder das tropas do novo governo, se desentendeu com o novo governador. Aproveitando de seu controle sobre as forças militares, tentou tomar o governo, mas foi preso pelo governador. Em resposta, Antônio Vinagre, irmão de Francisco, assassinou Félix Clemente Malcher e colocou Francisco Vinagre na liderança do novo governo. 

Nessa nova etapa, Eduardo Angelim, líder popular, ascendia entre os revoltosos. A saída das elites do movimento causou o enfraquecimento da revolta. Tentando aproveitar desta situação, as autoridades imperiais enviaram o almirante britânico John Taylor, que retomou o controle sobre Belém, capital da província. No entanto, a ampla adesão popular do movimento não se submeteu à vitória imperial. Um exército de 3 mil homens liderados por Angelim retomou a capital e proclamou um governo republicano independente. 

O governo, agora controlado por Angelim, abria possibilidades para a resolução dos problemas sociais e econômicos que afligiam as camadas populares. No entanto, a falta de apoio político de outras províncias e a carestia de recursos prejudicou a estabilidade da república popular. Sucessivas investidas militares imperiais foram enfraquecendo o movimento cabano. Em 1836, Eduardo Angelim foi capturado pelas autoridades do governo imperial. 

Entre 1837 e 1840, os conflitos no interior foram controlados. Diversas batalhas fizeram com que este movimento ficasse marcado por sua violência. Estima-se que mais de 30 mil pessoas foram mortas. Dessa maneira, a Cabanagem encerrou a única revolta regencial onde os populares conseguiram, mesmo que por um breve período, sustentar um movimento de oposição ao governo.
Por Rainer Sousa
Graduado em História

Guerra dos Farrapos


                                                   História da Guerra dos Farrapos
A Guerra dos Farrapos ocorreu no Rio Grande do Sul na época em que o Brasil era governado pelo Regente Feijó (Período Regencial). Esta rebelião, gerada pelo descontentamento político, durou por uma década (de 1835 a 1845).
O estopim para esta rebelião foi as grandes diferenças de ideais entre dois partidos: um que apoiava os republicanos (os Liberais Exaltados) e outro que dava apoio aos conservadores (os Legalistas). 
Em 1835 os rebeldes Liberais, liderados por Bento Gonçalves da Silva, apossaram-se de Porto Alegre, fazendo com que as forças imperiais fossem obrigadas a deixarem a região. 
Após terem seu líder Bento Gonçalves capturado e preso, durante um confronto ocorrido na ilha de Fanfa ( no rio Jacuí), os Liberais não se deixaram abater e sob nova liderança (de António Neto) obtiveram outras vitórias. 
Em novembro de 1836, os revolucionários proclamaram a República em Piratini e Bento Gonçalves, ainda preso, foi nomeado presidente. Somente em1837, após fugir da prisão, é que Bento Gonçalves finalmente assume a presidência da República de Piratini. 
Mesmo com as forças do exército da regência, os farroupilhas liderados por Davi Gonçalves, conquistaram a vila de Laguna, em Santa Catarina, proclamando, desta forma, a República Catarinense. 
Entretanto, no ano de 1842, o governo nomeou Luiz Alves de Lima e Silva (Duque de Caxias) para colocar fim ao conflito. Apos três anos de batalha e várias derrotas, os "Farrapos" tiveram que aceitar a paz proposta por Duque de Caxias. Com isso, em 1845, a rebelião foi finalizada.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

PRINCIPAIS DEUSES GREGOS




por DANILO CEZAR CABRAL
POSÊIDON
O irmão mais velho de Zeus e Hades é o deus do mar. Com um movimento de seu tridente, causa tempestades e terremotos - e sua fúria é famosa entre os deuses! Posêidon vive procurando aumentar seus domínios em diferentes áreas da Grécia
HADES
Mesmo sendo irmão de Zeus e Posêidon, não vive no monte Olimpo. Hades, como deus dos mortos, domina seu próprio território (ver O mundo dos mortos). Apesar de passar uma imagem ruim por sua "função", não é um deus associado ao mal
HERA
Terceira mulher de Zeus e rainha do Olimpo, Hera é a deusa do matrimônio e do parto. É vingativa com as amantes do marido e com os filhos de Zeus que elas geram. Para os gregos, Hera e Zeus simbolizam a união homem-mulher
ZEUS
O filho mais novo de Cronos e Réia (ver Início titânico) é o líder dos deuses que vivem no monte Olimpo. Ele impõe a justiça e a ordem lançando relâmpagos construídos pelos ciclopes. Zeus teve diversas esposas e casos com deusas, ninfas e humanas
AFRODITE
O nome da deusa do amor significa "nascida da espuma", porque diziam que ela havia surgido do mar. Afrodite é a mais bela das deusas. Apesar de ser esposa de Hefesto, teve vários casos - com deuses como Ares e Hermes e também com mortais
HEFESTO
Filho de Zeus e Hera, Hefesto nasceu tão fraco e feio que foi jogado pela mãe no oceano. Resgatado por ninfas, virou um famoso artesão. Impressionados com o talento dele, os deuses levaram Hefesto ao Olimpo e o nomearam deus do fogo e da forja
ARES
O terrível deus da guerra é outro filho de Zeus e Hera. No campo de batalha pode matar um mortal apenas com seu grito de guerra! Pai de vários heróis - humanos que são protegidos ou filhos de deuses -, Ares ainda se tornou um dos amantes de Afrodite
APOLO
O deus da luz (representada pelo Sol), das artes, da medicina e da música é filho de Zeus com uma titã, Leto. Na juventude, era vingativo, mas depois se tornou um deus mais calmo, usando os poderes para cura, música e previsões do futuro
ARTEMIS
Irmã gêmea de Apolo, é a deusa da caça, representada por uma mulher com um arco - contraditoriamente, também é a protetora dos animais... Artemis é uma deusa casta (virgem), que fica furiosa quando se sente ameaçada
HERMES
Filho de Zeus com a deusa Maia, o mensageiro dos deuses é o protetor de viajantes e mercadores. Representado como um homem de sandálias com asas, Hermes tinha um lado obscuro: às vezes trazia mentiras e falsas histórias
ATENA
É a deusa da sabedoria e filha de Zeus com a primeira mulher dele, Métis. Seu símbolo é a mais sábia das aves, a coruja. Habilidosa e especialista nas artes e na guerra, Atena carrega uma lança e um escudo chamado Égide
INÍCIO TITÂNICO
Mundo surgiu graças ao titã Cronus, depois derrotado por Zeus
O mundo mitológico grego tem início com o casal Urano e Gaia. Urano (o céu) permanecia unido a Gaia (a terra) em um ato de reprodução constante. Dessa união nasceram os titãs, que não conseguiam sair do ventre de Gaia. Infeliz com os filhos aprisionados, Gaia ajudou um deles, Cronus, a castrar o pai. Com isso, Urano se separou de Gaia, uma metáfora que simboliza o surgimento do mundo após a separação entre o céu e a terra
Cronus passou a reinar, mas, com medo de perder o poder, engolia os filhos que tinha com a titã Réia. Um deles, Zeus, escapou desse destino e resgatou os irmãos. Zeus derrotou Cronus em uma grande batalha, que deu início à era dos deuses
O MUNDO DOS MORTOS
Território de Hades tem regiões celestiais e infernais
Na mitologia, a alma dos mortos vai para o mundo subterrâneo, governado por Hades. Para entrar, é preciso pagar o barqueiro Caronte, que faz a travessia do rio Estige. Por isso os gregos enterravam os mortos com uma moeda. No submundo de Hades, o morto é julgado por três juízes. Os que viveram uma vida correta são premiados e seguem para uma região chamada Campos Elíseos, uma espécie de paraíso, cheio de paisagens verdes e floridas.
Mas o mundo subterrâneo também tem regiões sombrias... Os gregos que "aprontaram" na vida como mortal têm como destino o Tártaro. Equivalente ao inferno cristão, ele é um poço profundo, quase sem fim, escuro, úmido e frio
MEZZA GREGA, MEZZA ROMANA
Confira o nome romano desses mesmos deuses
ZEUS = JÚPITER
HERA = JUNO
HADES = PLUTÃO
POSÊIDON = NETUNO
ATENA = MINERVA
HERMES = MERCÚRIO
APOLO = APOLO
ARTEMIS = DIANA
HEFESTO = VULCANO
AFRODITE = VÊNUS
ARES = MARTE

ODIN: O DEUS NÓRDICO SUPREMO








A gênese dos Nórdicos é relatada nos poemas irlandeses no século IX - Edda poético. Odin é protetor dos exércitos, dos mortos em batalha, da magia, dos magos e dos andarilhos.
Antes de atingir o grau de divindade possuía uma tropa de guerreiros-sacerdotes. Eram chamados de Camisa de Urso ou Pele de Lobo, tinham treinamento xamanístico e usavam cogumelos alucinógenos que visavam alterar o estado de consciência.
Eram homens enormes com barbas e cabelos longos, vestidos com pele de urso ou de lobo, atadas ao corpo por enormes cinturões. Usavam grandes elmos adornados por chifres.
Conta a lenda que o poderoso Odin desejou ser o conhecedor dos mistérios mágicos, para tanto, entregou-se a um ritual de sacrifício ficando pendurando na árvore do mundo, Yggdrasil, de cabeça para baixo, ferido por sua própria lança, durante 9 dias e 9 noites, com fome e sede.
Ao término desse período, avistou os caracteres rúnicos no chão e os recolheu.
Não satisfeito, pediu permissão para beber água na "Fonte do Conhecimento" do Gigante Mimir, não hesitando em entregar em pagamento um de seus olhos.
ODIN era ajudado por 2 corvos: Hugin (Espírito e Razão), e Munin (Memória e Entendimento) que se posicionavam em seus ombros depois de percorrer o mundo durante o dia na busca de novidades para o Grande Deus.
Havia também 2 lobos que ficavam de guarda a seus pés e que se alimentavam de toda carne, inclusive humana, que era ofertada aos Deuses.
Tinha um cavalo lendário Sleipnir, com 8 patas, se locomovendo, rapidamente pelos céus entre a esfera humana e divina.
Sua lança Gungnir, presente dos mágicos anões ferreiros, só se detinha após atingir o alvo.
Sentado em um trono onde podia avistar o mundo inteiro, ficava em companhia dos mais valorosos guerreiros mortos em campos de batalha, recolhidos no minuto derradeiro pelas Walkirias (doze virgens aladas com plumas de cisne). Esse exército espiritual do bem se mantinha alerta para entrar em ação por ocasião do Crepúsculo dos Deuses - Ragnarokk- Apocalipse- contra as forças do mal, combate onde a destruição total imperaria, surgindo uma nova raça, passando do planeta de expiação para o planeta de regeneração.
Há autores que defendem a hipótese de um Odin-homem, chefe de uma tribo asiática de conhecimento xamanístico que teria emigrado para a Escandinavia e lá instalado uma religião primitiva, baseada no código secreto de mensagens mágicas. Esse homem após sua morte teria sido elevado à categoria de divindade local, sendo seu culto difundido pelos sacerdotes.

Império Persa




Durante a Antiguidade, a região da Mesopotâmia foi marcada por um grande número de conflitos. Entre essas guerras destacamos a dominação dos persas sobre o Império Babilônico, em 539 a.C. Sob a liderança do rei Ciro, os exércitos persas empreenderam a formação de um grande Estado centralizado que dominou toda a região mesopotâmica. Depois de unificar a população, os persas inicialmente ampliaram as fronteiras em direção à Lídia e às cidades gregas da Ásia menor.

A estabilidade das conquistas de Ciro foi possível mediante uma política de respeito aos costumes das populações conquistadas. Cambises, filho e sucessor de Ciro, deu continuidade ao processo de ampliação dos territórios persas. Em 525 a.C., conquistou o Egito – na Batalha de Peleusa – e anexou os territórios da Líbia. A prematura morte de Cambises, no ano de 522 a.C., deixou o trono persa sem nenhum herdeiro direto.

Depois de ser realizada uma reunião entre os principais chefes das grandes famílias persas, Dario I foi eleito o novo imperador persa. Em seu governo foram observadas diversas reformas políticas que fortaleceram a autoridade do imperador. Aproveitando da forte cultura militarista do povo persa, Dario I ampliou ainda mais os limites de seu reino ao conquistar as planícies do rio Indo e a Trácia. Essa sequência de conquistas militares só foi interrompida em 490 a.C., quando os gregos venceram a Batalha de Maratona.

A grande extensão dos domínios persas era um grande entrave para a administração imperial. Dessa forma, o rei Dario I promoveu um processo de descentralização administrativa ao dividir os territórios em unidades menores chamadas de satrapias. Em cada uma delas um sátrapa (uma espécie de governante local) era responsável pela arrecadação de impostos e o desenvolvimento das atividades econômicas. Para fiscalizar os sátrapas o rei contava com o apoio de funcionários públicos que serviam como “olhos e ouvidos” do rei.

Além de contar com essas medidas de cunho político, o Império Persa garantiu sua hegemonia por meio da construção de diversas estradas. Ao mesmo tempo em que a rede de estradas garantia um melhor deslocamento aos exércitos, também servia de apoio no desenvolvimento das atividades comerciais. As trocas comerciais, a partir do governo de Dario I, passou por um breve período de monetarização com a criação de uma nova moeda, o dárico.

A religião persa, no início, era caracterizada pelo seu caráter eminentemente politeísta. No entanto, entre os séculos VII e VI a.C., o profeta Zoroastro empreendeu uma nova concepção religiosa entre os persas. O pensamento religioso de Zoroastro negava as percepções ritualísticas encontradas nas demais crenças dos povos mesopotâmicos. Ao invés disso, acreditava que o posicionamento religioso do indivíduo consistia na escolha entre o bem e o mal.

Esse caráter dualista do zoroastrismo pode ser melhor compreendido no Zend Vesta, o livro sagrado dos seguidores de Zoroastro. Segunda essa obra, Ahura-Mazda era a divindade representativa do bem e da sabedoria. Além dele, havia o deus Arimã, representando o poder das trevas. Sem contar com um grande número de seguidores, o zoroastrismo ainda sobrevive em algumas regiões do Irã e da Índia.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Dalai-Lama





Tenzin Gyatso, Sua Santidade o 14º Dalai Lama nasceu em 6 de julho de 1935, numa família de camponeses da pequena vila de Taktser, na provincia de Amdo, situada no nordeste do Tibet.

Seu nome era Lhamo Dhondup até o momento em que, com dois anos de idade, Sua Santidade foi reconhecido como sendo a reencarnação de seu predecessor, o 13º Dalai Lama, Thubten Gyatso. Os Dalai Lamas são tidos como manifestações de Avalokiteshvara ou Chenrezig, o Bodhisattva da Compaixão e patrono do Tibet.

Um Bodhisattva é um ser iluminado que adiou sua entrada no nirvana e escolheu renascer para servir à humanidade.
Educação no Tibet

Sua Santidade o Dalai Lama começou sua educação monástica aos seis anos. O currículo consistia de cinco disciplinas maiores e cinco menores. As maiores são: lógica, arte e cultura tibetana, sânscrito, medicina e filosofia budista — e esta por sua vez se compõe de outras cinco categorias: Prajnaparamita, a perfeição da sabedoria; Madhyamika, a filosofia do Caminho do Meio; Vinaya, o cânone da disciplina monástica; Abhidharma, metafísica; e Pramana, lógica e epistemologia. As disciplinas menores são: poesia, música e teatro, astrologia, gramática e sinônimos. Aos 23 anos, fez seu exame final no Templo de Jokhang, em Lhasa, durante o o Festival Anual de Orações Mönlam. Foi aprovado com honras e recebeu o grau de Geshe Lharampa (título máximo, equivalente a um Doutorado em Filosofia 1ista). Em complemento a esses temas budistas, estudou inglês, ciências, geografia e matemática.
Responsabilidades de Líder

Em 1950, com 15 anos de idade, Sua Santidade foi solicitado a assumir a completa responsabilidade política como chefe de estado e de governo, após a invasão chinesa do Tibet. Em 1954, foi a Beijing para tratativas de paz com Mao Tsetung e outros lideres chineses, como Chou En-Lai e Deng Xiaoping. Em 1956, durante visita à Índia para participar das festividades do aniversário de 2500 anos de Buda, esteve presente em uma série de reuniões com Nehru, o Primeiro Ministro Indiano, e o Premiê Chou, sobre a situação do Tibet que se deteriorava rapidamente.

Seus esforços para alcançar uma solução pacífica para o problema sino-tibetano foram frustrados pelas atrocidades da política chinesa, no leste do Tibet, dando origem a um levante popular. Esse movimento de resistência espalhou-se por outras partes do País, e em 10 de Março de 1959, Lhasa, a capital do Tibet, explodiu em um grande levante. As manifestações da resistência tibetana exigiam que a China deixasse o Tibet, reafirmando a sua independência.

Quando a situação se tornou insustentável, pediu-se ao Dalai Lama que saísse do país para continuar no exílio a luta pela libertação. Sua Santidade seguiu para a Índia, que lhe concedeu asilo político, acompanhado de outros oitenta mil refugiados tibetanos. Hoje há mais de 120.000 tibetanos vivendo como refugiados na Índia, Nepal, Butão e no Ocidente. Desde 1960, Sua Santidade reside em Dharamsala, uma pequena cidade no norte da Índia, apropriadamente conhecida como "Pequena Lhasa", por sediar a sede do governo tibetano no exílio.

Desde a invasão chinesa, Sua Santidade apresentou vários recursos às Nações Unidas sobre a questão tibetana. A Assembléia Geral adotou três resoluções sobre o Tibet, em 1959, 1961 e 1965.
Processo de Democratização

Com o estabelecimento do Governo Tibetano no Exílio, Sua Santidade percebeu que a tarefa mais imediata e urgente era lutar pela preservação da cultura tibetana. Fundou 53 assentamentos agrícolas de larga escala para acolher os refugiados; idealizou um sistema educacional tibetano autônomo (existem hoje mais de 80 escolas tibetanas na Índia e Nepal) para oferecer às crianças refugiadas tibetanas pleno conhecimento de sua língua, história, religião e cultura. Em 1959 criou o Instituto Tibetano de Artes Dramáticas; o Instituto Central de Altos Estudos Tibetanos se transformou em uma universidade para os tibetanos na Índia. Sua Santidade inaugurou vários institutos culturais com o propósito de preservar as artes e ciências tibetanas, e ajudou a restabelecer mais de 200 monastérios para preservar a vasta obra de ensinamentos do budismo, a essência do espírito tibetano.