Patrimônio Histórico e Cultural
Desde os primórdios da humanidade existe a fascinação pelos bens históricos, sejam eles materiais ou imateriais, bens estes que ao logos dos tempos foram se perdendo, alguns patrimônios materiais da humanidade foram depredados nas diversas Eras Históricas que precederam nossos momentos atuais, sendo geralmente aniquilados ou quase isto. Quase sempre este fato ocorreu pelas diversas guerras que tivemos ao longo de nossa História, podemos citar a destruição da maravilhosa biblioteca de Alexandria, outro exemplo se dá mesmo durante a Segunda Guerra Mundial com a destruição em massa de magníficos monumentos que existiam na Europa, estes que demoraram tantos anos para serem construídos e em instantes foram apagados da memória* mundial com bombas e tiros que vinham de todos os lados.
Os eruditos dos séculos XIX e XX perceberam que a sua história estava sumindo aos poucos com os diversos conflitos que ocorriam como a Revolução Francesa, Primeira Guerra Mundial, Segunda Guerra Mundial entre tantos outros que aconteciam foram cruciais para que as pessoas percebessem que parte de sua história, memória e até mesmo identidade estava sendo destruída, e que deveriam preservar o pouco que ainda restava. Vemos isto sendo afirmado pelo fato de a França já em 1792 ter iniciado os registros de seus monumentos mais importantes e logo após em 1840 ter quase mil edifícios tombados, esta tendência logo após foi afirmada em diversas outras partes do mundo, claro cada cultura ao seu modo, podemos ver no Japão que é preferível cultivar bens imateriais aos materiais, ele pensam que a cultura levada a diante é aquela oriunda dos ensinamentos passados de ancestral para ancestral, podemos citar um bonsai, o que importa não é a planta em si, mas sim a forma que se deve cuidar para chegar ao estado que está é esta a idéia passada de pai para filho, netos, bisnetos e assim sucessivamente.
Infelizmente no Brasil esta realidade sobre o cultivo de patrimônios começou a engatinhar apenas na Semana da Arte Moderna em 1922 foi a partir deste momento que começamos a ver indícios do reconhecimento de uma identidade cultural brasileira, anteriormente, para ser mais exato, durante o século XIX, foram promulgadas leis que assegurariam o direito à propriedade privada do cidadão, de bens que posteriormente vieram a formar antiquários assim como aqueles vistos na Inglaterra, que apesar de guardar patrimônios históricos do País deixavam estes (patrimônios geralmente materiais) a visita apenas de uma camada muito seleta da população.
Foi apenas em 1937 com a criação do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) e dos quatro livros de Tombo do Patrimônio (ambos os projetos idealizados pelo célebre Mário de Andrade) que o acervo histórico nacional começa a ser catalogado e arquivado. A partir deste momento foram criadas leis e institutos que visavam valorizar, preservar e recuperar todo o patrimônio cultural do Brasil.
Percebemos hoje o salto dado pelo Brasil nesta questão de preservação de Patrimônio Histórico e Cultural pelo reconhecimento de diversas peças provenientes das mais diversas áreas do País, como Patrimônio nacional (diferente do início que os tombamentos se concentravam apenas entre Rio de Janeiro e Minas Gerais). As leis estão cada vez mais refinadas quanto ao assunto cabe a nós Professores lutar para que a população reconheça a grande importância da conservação de nossos patrimônios para que entendamos melhor o passado em um futuro não muito distante.
Qui estão alguns exemplos de bens materiais e imateriais:
Bens Materiais:
- Capela da Santíssima Trindade
Livro de Belas Artes INSC.476 ; Vol.1 ; F. 087; Data 27/01/1964
Cidade de Tiradentes-MG
- Forte de Sant'Ana
Livro Histórico INSC.053; VOL.1 ; F.10 Data 24/05/1938
Cidade de Florianópolis -SC - Estação Ferroviária de Mayrink
Livro Belas Artes INSCR.:625 ; VOL.2 ; F. 55-56 Data :08/07/2004
Bens Imateriais:
* Tambor de Crioula Formas de expressão 20/11/2007
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